Um pouco diferente do thriller de conspiração, no psicológico o protagonista precisa lutar usando a própria mente como arma e tentar se manter são para superar seu oponente, muitas vezes são vilões agindo por meio de pressão e terror psicológico, levando muitas vezes os mocinhos à beira da loucura.

Uma característica também muito forte dos thrillers psicológicos é que os protagonistas muitas vezes tem alguma doença ou transtorno, ou seja, não são narradores confiáveis, tendo a credibilidade comprometida naquela narrativa por algum efeito de alguma ação no começo da história (em primeira pessoa), seja por efeito de drogas ou medicamentos ou também traumas sofridos e admitidos pelo próprio personagem. Essas narrativas pouco confiáveis levam o leitor a questionar cada passo daquele personagem na trama, e prestar ainda mais atenção aos seus movimentos, diálogos e ações, tornando a leitura não cansativa, mas mais intrigante. 

São muitos os livros desse subgênero, e alguns foram sucessos de venda em diversos países. No Brasil, esse é um estilo que vem ganhando cada vez mais espaço, com autores nacionais sendo reconhecidos mundialmente por seus thrillers.

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Um Thriller Psicológico mundialmente famoso é A Garota no Trem, da autora britânica Paula Hawkins, que recebeu muitos prêmios por este que foi seu primeiro romance publicado a figurar entre os best sellers do New York Times.

O livro tem como protagonista Rachel, uma mulher recém divorciada que não aceita o fim do relacionamento. Alcoólatra, ela pega todos os dias o mesmo trem e finge ir para o trabalho quando na verdade foi demitida, para não revelar sua verdadeira situação para sua colega de apartamento. Em suas viagens ela começa a observar o dia a dia de um casal que ela não conhece, e fica obcecada com a vida dos dois; até ver uma cena chocante se desenrolar naquela casa. Dias depois ela descobre que a mulher está desaparecida, e ela pode ser a única testemunha do que estava realmente se desenrolando ali, com aquele casal de vida aparentemente perfeita. O problema é fazer alguém acreditar no que Rachel diz ter visto quando ela mesma tem dificuldades para fazê-lo. Assim, decide ela mesma investigar o caso.

O livro foi adaptado em 2016 para as telonas e estrelado pela atriz Emily Blunt.

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Outra autora de referência no gênero é a americana Gillian Flynn, que entrou na lista de autores mais bem pagos do mundo pela revista Forbes. Seu romance mais aclamado é o thriller psicológico Garota Exemplar, que é narrado sob os dois pontos de vista de um jovem casal de classe média.

Quando Amy desaparece, todas as pistas levam a polícia e moradores da região a acreditar que Nick, seu marido, é o culpado. Ele então precisa relembrar todos os momentos de seu casamento conturbado, desde o início problemático até o presente momento, tentando entender os porquês.
Acompanhamos também a visão de Amy e seu diário, onde registrava todas as brigas do casal e seu próprio ponto de vista sobre o que acontecia.

Esse tipo de narrativa intercalada tende a confundir o leitor, levando-o a questionar quem está falando a verdade. Ou melhor, quem está mentindo menos.

Garota Exemplar também foi adaptado para o cinema e um sucesso de bilheteria, com Ben Afleck no elenco.

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Essas são duas das autoras de maior popularidade entre os leitores do gênero, mas não são as únicas e certamente não serão as únicas. Muitas outras mulheres escrevem e ganham espaço no mercado de thrillers, com títulos aclamados pela crítica especializada.


Referência:
http://gillian-flynn.com/
http://paulahawkinsbooks.com/
https://www.goodreads.com/

Por Gleyce Gabrielly Marques


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